Autor: Diana Peterfreund
Páginas: 360
"Ela parou de falar, mas eu soube o motivo. Todas nós sentimos, mas nenhuma estava preparada.
Sentimos uma vibração debaixo dos pés, como se as pedras antigas estivessem se soltando do chão, e, então, Ursula gritou.
Eu me virei. Mesmo em câmera lenta, o unicórnio era praticamente um borrão. Enorme, castanho, como mármore manchado de lama. Um re'em. Era do tamanho de um touro, de um bisão, e as garotas se encolheram. Havia alguma coisa em seu chifre, um pedaço de pano, uma coisa embolada, mas quando ele sacudiu a cabeça e aquilo caiu no chão, eu vi.
Ursula." (Pg. 214)
Já deu pra perceber por esse trechinho que não é um livro bonitinho.
Unicórnios nessa série são tratado como, bem... Como eu deveria tratá-los: como seres que só gostam de mulheres virgens (
Nada como Unicórnios carnívoros que decidiram voltar da extinção e dificilmente morrem para alegrar o dia.
A história é boa e envolvente. Diferente, sabe. Apesar de ser YA, o livro tem mais sangue que alguns filmes que deviam ter muito sangue (
"Mas elas não matam Unicórnios?!"
Matam. Mas mais pra frente descobrimos algo importante também em relação a interação Caçadora-Unicórnio.
Enfim. E quando a gente descobre o que realmente aconteceu com os Unicórnios antes, e porque eles estão voltando, é simplesmente... "Queixo, sai do chão e deixa eu fechar a boca". Sério.
A personagem principal, Astrid, em alguns momentos me encheu a paciência. Tipo... Ela demorou muito pra perceber algo que eu percebi de primeira (
As outras meninas do Claustro, as outras Caçadoras, são personagens incríveis em seu próprio jeito. Quer dizer, temos uma modelo entre elas. E a prima de Astrid, Phil, é uma das melhores personagens no livro inteiro, se não a melhor. É... Triste, ver o que acontece com ela.
A diagramação é linda. A espada de Clothilde, a ancestral de Astrid e Phil que teoricamente terminou com os Unicórnios ao matar o karkadan Bucéfalo (
E a capa. É bonita, mas... Não tanto chamativa, acredito. Pelo menos na minha opinião. Assim, combina, mas acho que teria sido melhor se a espada fosse a espada de Clothilde, que pela descrição, basicamente uma espada muito longa e muito pesada, é similar a uma claymore ou pelo menos a uma espada de duas-mãos normal. A da capa parece uma normal pra uma mão, sequer pra mão-e-meia, que permitiria a espada ser manipulada por duas mãos em situações de emergência. Ou talvez, ao invés da espada, a adaga de alicórnio (
Enfim. É uma história boa, que trás uma visão diferentes sobre o mito dos unicórnios, mas que perdeu meio coração pela espada na capa, e mais meio pela personagem ter preciso ser quase que literalmente chutada pra parar de chorar sobre não querer estar lá. Normal ela não querer estar lá, mas então que fosse mais firme com a mãe, Lilith, sobre isso, ou, se não era capaz disso, que fosse séria com o que tinha de fazer, já que não podia fugir. Foi o que aprendi: não tem como fugir disso? Seja firme e faça o melhor que puder.
Classificação Final:
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Mande beijo pra mãe, pra tia, pro namorado(a), pro cachorro, pro passarinho, dance cancan, enfim, fique a vontade, a dimensão é sua.
Syba: Mas não faça piada do meu cabelo... u.ú
Gabi: Tá, tá... ¬¬