01 novembro 2016

O Incrível Mundo das Visual Novel! - Parte 4

Soooorry a demora, pessoas! Mas vamos lá, para mais uma parte de "O Incrível Mundo das Visual Novel!" :D

Hakuoki - Demon of the Fleeting Blossom

Como falar de Hakuoki corretamente...

Então. Primeiro, é um jogo de PSP. Segundo, é otome, embora um otome bem... Intenso, por assim se dizer. E uma semi-aula de história do Japão.

Os personagens "romanceáveis" são integrantes do chamado "Shisengumi", uma espécie de forças especiais dos apoiadores do regime dos Xóguns. O jogo, aliás, se minha memória não me falha, se passa no final da era Xógum. O jogo começa com a personagem que controlamos, filha de um médico que estava envolvido com os tais Shisengumi. História vem, história vai, a personagem acaba sendo acolhida por eles, porque todo mundo quer descobrir onde cargas d'água o pai dela foi parar.

No meio disso tudo, temos demônios de aparência muito humana e "vampiros", que na verdade são humanos que foram vítimas de uma experiência usando o sangue de demônio e foram transformados. É aquele tipo de jogo que o legal é fazer as rotas de todos os personagens romanceáveis para descobrir todas as nuances e ângulos, porque cada rota leva a um final; pode ser um final de luta mais política entre os apoiadores do Xógum e os que querem o fim do regime, ou um final mais fantástico que envolve os demônios e o fato de eles quererem a personagem principal por ela ser uma das poucas fêmeas da espécie (ops, contei, a personagem é demônio e ela não sabia :P).

É um jogo com momentos muito lindos e intensos, e com algumas das CGs mais bonitas que eu já vi. Recomendo fortemente.


Sweet Fuse: At Your Side

Print que tirei do meu emulador. CG da minha rota favorita pq sim :P

Mais um jogo de PSP. E que o ideal é fazer todas as rotas... Especialmente porque quando fizer todas as seis rotas desbloqueia uma sétima rota que dá a amarração final dos mistérios do jogo :P

Então. Sweet Fuse (uma referência à como o vilão gosta de bombas e ao temperamento "curto" da personagem que a gente controla) é um jogo bem divertido. Tudo começa com a inauguração do parque de diversões construído pelo tio da personagem, e com um doido varrido com uma fantasia de porco aparecendo durante tal inauguração, sequestrando o tio e todo mundo, e falando que pela próxima semana, uma atração por dia do parque será explodida. A única forma de impedir isso é se "voluntários" desarmarem as tais bombas a cada dia e responderem um determinado enigma dado pelo vilão, cujas pistas serão achadas nas atrações (que eu me lembre). "Voluntários" porque, né... Só a sobrinha do dono que se voluntaria, os outros foi o vilão que "voluntariou". Temos um nerd, um idol, um policial, um jornalista, um esotérico, e o cara da CG, que é um acompanhante num clube feminino. Acho. O que cada um desses tem em comum? Só jogando pra descobrir. :P

Alguns dos melhores momentos do jogo, em meio à escolhas e afins, são quando a personagem perde a calma e dá um fatality nos personagens (incluindo no vilão xD), os medrosões no hospital assombrado, e quando a filha pequena do jornalista acaba se juntando à aventura por puro acidente. Mas o melhor mesmo é juntar todas as peças apresentadas para descobrir os motivos do vilão e o que todo mundo tem em comum.


Planet Stronghold
Fonte
Esse aqui é de PC. E digo: se todo o jogo tivesse ilustrações como essa daí usada no menu, seria muito melhor. Tipo, as artes são boas, mas o estilo mangá-pin-up não combina com o tom ligeiramente mais sério da história.

Apesar dos poréns com a arte, a história é bem interessante e os personagens também. A humanidade, quando o jogo se passa, se expandiu para as estrelas e atualmente é organizada num Império. Sim, Império. E o planeta Terra é a base desse Império. E tem tretas eternas com outras espécies, especialmente as Maradhans, que só vemos fêmeas e é o maior mistério a reprodução, principalmente porque a espécie é expert em genética. Mas enfim.

A história do jogo se desenrola em torno da premissa de que a humanidade quer estabelecer o Planeta Fortaleza (Planet Stronghold, no original) como dela, à partir de uma determinada colônia. E brigam com outras espécies que realizam viagens interplanetárias para estabelecerem domínio. O personagem que controlamos, pode ser homem ou mulher, é o comandante da base e resolve as tretas, especialmente as que envolvem o Imperador, sua esposa e o filho dos dois; altas tretas vem dessa família. O sistema de batalha e de nível é muito interessante, ativo, por turnos, e do tipo que é melhor pensar bem cada movimento.

O único problema mesmo do jogo, pelo menos pra mim, é o estilo pin-up demais das personagens femininas. Quebra o tom mais sério da história envolvida para defender a base e tals, sabem. Entretanto, a história e o sistema de batalha compensam muito bem e fazem a visual novel valer a pena.


Planet Stronghold: Colonial Defense

Planet Stronghold: Colonial Defense, também se passa no Planeta Fortaleza (Stronghold). Entretanto, por tudo que percebi ao longo do jogo, se passa antes, quando a colonia em Stronghold foi estabelecida.

Esse aqui tem um sistema que me lembra o que foi divulgado para Mass Effect Andromeda em 2017: você escolhe jogar com o personagem feminino ou masculino, mas o outro não é "anulado", ele aparece como seu irmão (isso me lembra que N7 Day, ou 7 de Novembro, tá chegando, junto com novidades... Ai, Jesus...). É algo muito inteligente e interessante na minha humilde opinião. A arte, em comparação com o primeiro, é muito melhor. Combina mais com o clima que o jogo evoca, sabe. O sistema de batalha, entretanto, apesar de continuar por turnos, passou a utilizar o sistema de cartas. É legal, mas sinto falta de selecionar poderes psiônicos e habilidades para usar nos inimigos ç_ç

As opções de romance são tantas que chegou uma hora que eu já tava lá, perseguindo um único personagem, e falando "Gente, parem de se declarar pra mim, eu quero só o Lucius nesse gameplay, to cansada de dar o fora em vocês delicadamente, não gosto de ferir sentimentos". Sério.

Os personagens são muito bem desenvolvidos, embora eu sinta um pouco das missões dos companions serem mais significativas; elas são meio aleatórias, quando comparadas com as do primeiro. Faltam carga emocional, pelo menos foi a impressão que tive. A história... Beeeem... O foco do jogo é defender a colônia, e isso fica bem explícito, entretanto o vilão final, o vilãozão, aparece meio do nada, embora seja bem explicado de onde veio e qual a relação com que passamos mais cedo. Ao mesmo tempo, me deu a sensação de que o primeiro jogo tem pontos melhores no quesito história e personagens e sistema de batalha... :P É um jogo divertido e legal e bom, mas o primeiro é melhor no que realmente conta: história, personagens e sistema de batalha.


Freak Quency

Fonte (amei essa fanart S2)
FREAK QUENCY! *grita feito doida*

Freak Quency é um Digimon altamente Creepy, gosto de falar. Os "monstrinhos" estão dentro dos celulares de algumas pessoas, e estão sugando a energia vital delas e do maior talento delas (uma das personagens, cantora, fica muda em determinada altura do jogo, por exemplo). As pessoas lutam entre si, até a morte, para que o vencedor consiga a cura para se separar do tal monstrinho. Legal, não? @.@

A personagem principal, cujo nome esqueci (perceberam que até agora eu não falei o nome de nenhuma personagem controlável, mesmo quando o nome é padrão? O nome disso é "memória de Dory atuando"), herdou o dela do irmão que desapareceu. Tá, morreu, já falei que o povo luta até a morte, não?

Ao longo do jogo conhecemos vários personagens, entre lutadores no Freak Quency ou não, lutamos no Freak Quency, evoluímos os stats de inteligência e afins da personagem, e nos preparamos para o final. E vou dar uma dica pra vocês, porque fui bocoió e não desbloqueei final com romance, só o final bom padrão: desenvolvam ao máximo o relacionamento com TODOS os personagens. Pelo que pesquisei quando terminei o jogo, é a única forma de conseguir um final bom-com-romance (aka personagem não fica presa em outra dimensão, pelo que lembro). Não, ainda não verifiquei: tenho de arranjar paciência pra elevar todos os stats da personagem uma vez mais. Vocês não tem ideia de como é tedioso fazer isso quando você não está matando bichos nem nada do tipo, só clicando pra personagem fazer isso ê_e

Apesar dessa coisa de pegadinha do malandro pra conseguir os finais com romance, a história é bem interessante e o final é meio mind-blowing, tipo a grande revelação, sabem. Foi um jogo que eu gostei muito.

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