Alguém bateu de leve na porta da
sala. Com um suspiro, já imaginando quem era, Annanda fechou o relatório com um
movimento lento, antes de apoiar os cotovelos na escrivaninha, o queixo
encostado nas mãos entrelaçadas.
- Pode entrar! – a porta se abriu,
e o Investigador-Chefe entrou, fechando a porta atrás de si, como mandava o
protocolo.
- Mandou me chamar, Sacerdotisa? –
Nilton perguntou, sentando na cadeira estofada do outro lado quando ela acenou
para o móvel. Annanda analisou com cuidado o olhar cansado no rosto moreno, a
teia púrpura nos olhos escuros um pouco mais destacada que o normal. Treinar a
nova vampira da unidade em magia vampírica devia estar sendo realmente desgastante,
apesar da ajuda de Davi: o Feiticeiro recebera permissão dos líderes dos Faes
Padrinhos e Madrinhas para ter um protegido como teste, e Vivian acabara por
ser a “sorteada”.
- Mandei, Nilton. – deslizou o
relatório que lia para o outro lado da mesa, acenando de leve para a pasta. O
vampiro, com as sobrancelhas franzidas, o pegou e abriu. – Como estão as habilidades
de Alanna?
Nilton virou uma página, as rugas
na testa se aprofundando e a boca se torcendo em algo que ela julgou
preocupação.
- Boas. Os surtos dos poderes dela
já estão durando alguns dias, se o espírito não for expulso de uma vez, como
foi no dia do ataque. Glen acha que vão se estabilizar logo, talvez antes do
aniversário de catorze anos. – ele deu uma pausa ao virar a página, os olhos
arregalando e aproximando o rosto. Annanda tinha uma ideia da parte que ele
alcançara. – Isso é um... Zumbi? Esqueleto? Corpo possuído por espírito?
Animado por necromante? Ghoul? Parece uma mistura de tudo, mas definitivamente
não tem olhos de demônio, então não é um Ghoul...
De fato, ele alcançara a foto.
- Não conseguimos identificar com
exatidão. Parece uma espécie de morto possuído, mas age mais como um corpo
animado por um necromante, com a inteligência e consciência de um demônio.
Estamos chamando de “Sem Pele”, por enquanto. Termine de me descrever as
capacidades de sua filha. – Nilton balançou a cabeça de forma ausente, passando
a falar como um robô, envolvido como estava no relatório.
- A mira dela é muito boa e a mão
é firme quando tem de atirar. Enxerga coisas que outros não costumam enxergar,
quando se trata de algo relacionado à magia realizada por humanos. Tem se
controlado bem quando divide o corpo com espíritos dos mortos. Não os deixa
tomar todo o controle. Sabe praticamente tudo que a Ordem recolheu sobre os
Primeiro, Segundo e Sétimo Mundo. Está bem avançada nos conhecimentos do Terceiro.
A parte investigativa também anda muito boa. – falou conforme lia, até afinal
erguer o rosto do relatório e encará-la. – Por que pergunta?
Annanda suspirou. Agora vinha a
parte difícil. Alanna estava a uma semana de fazer catorze anos. Era uma boa
idade para começar a investigar sozinho na Stella Bianca, quando se crescia na Ordem,
mas Alanna era uma das Espirituais com maior deficiência entre todos que
estavam ali. Isso deixava o poder dela mais forte, claro, mas era um empecilho
quando não dividia o corpo com alguém. E ela ainda não tinha um espírito que a
acompanhava a todo lugar, como Shamans e Druídas costumam ter.
- Quero enviá-la num missão solo.
– respondeu a pergunta, apoiando as costas no encosto confortável e cruzando os
dedos sobre o cinto do vestido. O vampiro pareceu ainda mais desconfiado,
fechando cuidadosamente o relatório. – Quero que Alanna vá para o México investigar
o aparecimento desses Sem Pele. Sozinha.
A teia púrpura em meio ao preto
ficou mais espessa, as narinas se dilatando. Um pai Vampiro e bipolar preocupado
com a filha.
Não podiam ter escolhido outro
para a tarefa de criar a Shaman? Alguém menos explosivo, que não precisasse de
sangue, preferencialmente? Onde Helena estava com a cabeça ao decidir isso?
- Ela vai fazer catorze agora. E é
uma cadeirante.
- E uma Shaman acima de tudo. –
deu uma pausa e se inclinou na direção dele, os braços cruzados sobre a
escrivaninha. – Não pode protegê-la de tudo, Nilton. Uma hora ela tem de
começar a investigar sozinha. Julgo que esse é um bom momento. Além disso,
estamos com falta de pessoal por causa do ataque. Você tem de cuidar e treinar
uma Vampira recém-transformada, mas Alanna está sendo treinada nisso há anos.
Temos de... Como é que vocês dizem em português? Ah, sim, agilizar.
Nilton franziu os lábios, uma
careta no rosto, e baixou o olhar para o relatório em mãos, colocando-o sobre a
mesa e empurrando de volta para ela.
- Então é melhor colocar eu numa
outra missão também, ou é bem capaz de eu ir atrás dela.
- Eu sei. – Annanda pegou outro
relatório em cima da escrivaninha e entregou ao Vampiro. – Um informante nosso
falou de umas atividades estranhas no Chile. Quero que vá para lá com Vivian.
Alanna observou Vivian, agora sem
óculos por causa da transformação, desenhar os símbolos da língua vampírica
usando o próprio sangue misturado com o que ela dissera ser um tipo de cogumelo
em pó, com o auxílio de um pincel fino, no rosto e nos braços. Pousou o pincel
na tigela onde recolhera o sangue, estendeu os braços e pronunciou o feitiço,
como Nilton ensinara.
O sangue pareceu escurecer e se
tornar espesso como se fosse tinta, antes de começar a escorrer pelo resto de
sua pele, desenhando outros símbolos, sumindo debaixo da roupa leve e manchando
o tecido. Quando a garota terminou de pronunciar o feitiço, o sangue pareceu
secar e então ser absorvido, sumindo até mesmo da roupa.
- Acha que deu certo? – a Shaman
perguntou, estralando os dedos das mãos com nervosismo.
Vivian deu de ombros.
- Só vou saber se tomar sol. – se
aproximou da janela da sala, uma cortina marrom cobrindo-a e barrando o sol de
meio de tarde. Com uma das mãos, afastou a cortina, luz solar penetrando pela
abertura, e estendeu o outro braço para a luz fria de inverno.
Alanna prendeu a respiração,
esperando ver bolhas vermelhas começarem a surgir na pele de Vivian, seguidas
de fumaça e fogo. Ao invés disso, a pele permaneceu intacta, os símbolos
desenhados antes aparecendo contra a luz, mas suaves. A Shaman não teria notado
se não soubesse que estavam ali antes.
A loira deixou a cortina cair,
antes de pular pela sala, rindo em comemoração.
- Pronto, Viv. Agora você não
depende mais que Nilton faça os feitiços de proteção em você. – riu junto,
batendo algumas palmas.
Vivian parou de pular e se jogou
no sofá, enquanto Alanna girava a cadeira de rodas para observá-la de frente,
cruzando as mãos sobre o colo.
- Mas é só o começo. –
espreguiçou-se e colocou os pés em cima da mesa de centro, cruzando os braços
atrás da cabeça. – Nilton disse que um feitiço para me proteger do sol é o
básico do básico em magia vampírica.
Alanna balançou a cabeça em
negativa, um leve sorriso nos lábios.
- Pelo que sei, dominar um feitiço
vampírico em menos de um mês é uma proeza, ainda mais sendo recém-transformada,
Viv. – suspirou, olhando para o teto. – Além disso, você agora é uma Vampira.
Tem todo o tempo do mundo, ainda mais com a Stella Bianca te escudando dos clãs
e Davi te protegendo.
Um sorriso apareceu nos lábios da
vampira, e como Alanna, Vivian passou a olhar para o teto.
- Ainda parece muito louco tudo
isso, Alanna. A forma como meus pais aceitaram... Viktor trabalhando na Stella
Bianca também...
A Shaman voltou a olhar para a
amiga, o sorriso sumindo e uma seriedade estranha surgindo nos olhos
cinza-chumbo.
- Por mais que o que aconteceu com
você seja trágico... De certa forma, não dá pra negar que precisávamos de
ajuda.
Vivian baixou o rosto, os olhos
verde-castanho com a teia púrpura encarando-a com tranquilidade; havia um
brilho límpido nas íris, um brilho de calma que ela sempre tinha, mas antes,
por causa dos óculos, era mais difícil de enxergar.
- O que aconteceu comigo seria um
real problema se eu não tivesse você e Nilton. Mas eu tenho. Conhecer você foi
providencial, Alanna. Deus sabe o que teria acontecido se vocês não estivessem
aqui.
A porta do apartamento se abriu
quase repentinamente, e Vivian se ajoelhou no sofá para olhar por cima do
encosto, enquanto Alanna ajeitava a cadeira de rodas.
- Hei, meninas. Tudo tranquilo por
aqui? – Nilton trancou a porta e deixou a mochila que carregava em cima da mesa
de jantar, antes de tirar a jaqueta de couro e pendurá-la nas costas de uma das
cadeiras.
- Vivian dominou o feitiço para se
proteger contra a luz do sol. – Alanna anunciou com um sorriso, vendo o rosto da
amiga se avermelhar.
Nilton parou de tirar algumas
coisas da mochila e olhou para elas, surpresa nos olhos negros, antes de rir.
- Que ótima notícia! Desse jeito,
vamos ter de procurar algum vampiro mago pra te ensinar logo, logo, já que não
sou um especialista! – voltou à tarefa de esvaziar a mochila, ainda rindo.
- Não precisa, seu Niltin... O
básico tá bom... – Vivian começou, se encolhendo no sofá.
O vampiro apoiou as mãos na mesa,
observando-a com seriedade, mas com os lábios ainda esticados num sorriso
pequeno.
- E desperdiçar seu talento pra
magia vampírica, Viv? – Nilton deu a volta na mesa e parou na frente da garota,
segurando os ombros dela com firmeza. – Você é inteligente e tem um talento
natural pra magia. Isso não é muito comum entre os nossos. Não desperdice.
Um sorriso pequeno esticou os
lábios vermelhos, e então Vivian balançou a cabeça em afirmativa. Nilton abriu
um enorme sorriso e beijou a testa da garota, antes de se endireitar e voltar
para a mesa.
As duas deram a volta no sofá e foram
até a mesa, curiosas com as sacolas que o vampiro tirava da mochila. Cheiro de
comida vinha delas.
- O que você trouxe? – Vivian foi
a primeira a se manifestar, sentando numa das cadeiras à mesa. Nilton sorriu
com a pergunta.
- Subway, é claro. – estendeu uma
sacola para cada. – Frango defumado com cream
cheese para você e frango teryaki
para Alanna. Os seus favoritos.
Piscou para as duas garotas, antes
de pegar duas pastas beges do último compartimento da mochila.
- E missões. Annanda quer você
numa missão solo depois do seu aniversário, filha. – estendeu uma pasta para a
Shaman, enquanto segurava a outra, mostrando-a para a recém-transformada. –
Pessoas desaparecidas junto de seres não identificados avistados ao sul da
Sierra Madre. Aparentemente um tipo de morto-vivo. Parabéns, filhinha, vai
conhecer a terra de seus ancestrais. – havia uma certa ironia em sua voz.
Alanna sorriu com tristeza: era a forma dele de demonstrar o desagrado de que
ela iria numa missão solo, sem ele para protegê-la e provocar um massacre se
precisasse. – Já eu e você, Vivian, estamos indo para o Chile. Muitos meninos
recém-nascidos e primogênitos sumiram desde que a base foi invadida. Alguns
bruxos velhos demais e maléficos demais estão entre os seres aprisionados que
os Demônios levaram. Annanda desconfia que foram soltos e irão criar Invunches. Quer que impeçamos isso.
Alanna viu a amiga franzir as
sobrancelhas enquanto abria o embrulho do sanduíche.
- O que é um Invunche?
A Shaman engoliu o que mastigava,
vendo o pai sentar do outro lado e abrir o próprio lanche, de peito de peru.
Parecia deixar a tarefa de responder a pergunta para ela. Suspirou antes de
começar a falar.
- Basicamente, um homem deformado
com o corpo coberto de pelos. Bruxos da região do Chile que fazem magia para o
mal os criam a partir de meninos recém-nascidos usando rituais bem grotescos e
os usam para vigiarem suas casas e como instrumentos para causar o mal. Antes
faziam isso com qualquer um, mas a crença na região de que só meninos
recém-nascidos que são o primeiro filho de alguém podem ser usados acabou
influenciando e limitando esse aspecto da magia desses bruxos. – lambeu o molho
de maionese que pingara no dedo antes de continuar. – Quando a Stella Bianca
prendeu esses bruxos uns cento e cinquenta anos atrás, não sobrou quem soubesse
criar um Invunche. Se esses bruxos
continuarem soltos, vai ser o caos, com risco do número de feiticeiros
corrompidos aumentar.
Vivian apertou os olhos, parecendo
confusa, e engoliu antes de falar.
- Bruxo e Feiticeiro não é a mesma
coisa? E o que você faz não é um tipo de magia?
- Não. Bruxos são humanos capazes
de realizar magia através de rituais; ficaram extremamente raros nos tempos
modernos. Feiticeiros, como o Davi, são mestiços de humanos e Faes, ou humanos
com alguma outra espécie mágica, e a magia que realizam é a magia do pai ou mãe
mágico: magia Fae, magia Djinn, etc. Já Alanna, Glen e Annanda são Espirituais.
A magia nelas é intrínseca e não precisa ser liberada e conduzida na forma de
rituais, o que faz o leque de habilidades delas ser reduzido em comparação ao
de um bruxo ou de um feiticeiro. – Nilton começou a explicação, dando mais uma
mordida no lanche e engolindo antes de continuar. – Por exemplo. Um bruxo, com
o ritual apropriado, pode ver os espíritos dos mortos, comandá-los e até mesmo
abrir o próprio corpo para eles por um determinado tempo. Também é capaz de
amaldiçoar alguém a, sei lá... Ter uma doença incurável. Alanna pode falar e
ver os mortos e comandá-los, embora o último com dificuldade, naturalmente, sem
a necessidade de rituais, e pode dividir o corpo com o espírito de um morto por
tempo indeterminado. Mas só. Mesmo que tentasse aprender outro tipo de magia,
não conseguiria, embora espíritos de mortos capazes de realizarem magia possam
fazer essa magia quando ocupando o corpo dela.
- Caramba. Que confusão. – a loira
resmungou, decidindo se concentrar em devorar o próprio sanduíche. Alanna e
Nilton sorriram de lado.
- Você não sabe da metade. Mas
fica mais fácil com o tempo. – a Shaman comentou, antes de também se concentrar
no próprio lanche.
No dia
13 de Julho, foi feita uma comemoração simples na Stella Bianca, em comemoração
aos 14 anos de Alanna e pela estabilização de seus poderes. Melinda aparecera,
para surpresa de todos: a Fae não pisava dentro de prédios da Stella Bianca
desde quando abandonara a Ordem, alguns séculos atrás.
Melinda
entregara um colar de presente para a protegida. Era uma peça bonita e única,
feita de contas de jade e com um pingente circular: um espelho fino de
obsidiana emoldurado em ouro. Melinda recomendara que Alanna não o tirasse nem
para dormir, o que seria estranho se ela não fosse uma Fae madrinha: Alanna só
conseguia pensar que ela com certeza encantara o colar com algum tipo de
feitiço de proteção.
E no
dia seguinte, Alanna embarcou para o México, com a estranha sensação de que os
problemas seriam maiores do que imaginavam.
Alanna
passou metade do voo de 10 horas para a Cidade do México comendo; era uma
consequência da estabilização de seu poder que Glen a avisara: agora seu poder
não estava mais num estado intermitente, o que significava mais energia para
sustentar tanto a ela como a esse poder – e ao que quer que os espíritos
fizessem quando em seu corpo –, o que significa uma fome de leão. A outra
metade do tempo dividiu entre dormir e revisar os arquivos relacionados à
missão em seu smartphone.
Havia
algo de estranho com as imagens dos nomeados “Sem-Pele”. Os corpos estavam em
variados estados de decomposição, a maioria com a pele e a carne carcomida até
os ossos, entretanto outros eram praticamente recém-mortos, caracterizados
apenas pela palidez e lábios roxos, o que era normal para qualquer tipo de
morto-vivo. Mas os olhos... Não eram de cores vibrantes e vivas, que indicariam
a possessão do corpo por um demônio, e sim de cores normais, típicas; olhos
humanos. Também não eram inteligentes mas opacos de vontade, o sinal de que um
espírito de um morto ou da natureza o ocupava, forçadamente ou por vontade própria.
E muito menos opacos e estúpidos, indicando que eram apenas corpos animados
pelo poder de um necromante. Nenhum desses se alimentava de carne humana ou de
cérebro humano, esses tipos de mortos-vivos existiam apenas nos cinemas.
Eram
olhos inteligentes e independentes, e, acima de tudo, de fome. Os olhos do corpo
em si, carregando uma expressão esfomeada de vida, no entendimento de Alanna.
Era um olhar que encaixava com os relatos: um deles fora visto atacando uma
pessoa como os típicos zumbis de Hollywood. Esfomeados da vida correndo debaixo
da pele humana.
Um
novo tipo de morto-vivo, surgindo como resultado da popularidade dos zumbis
criados por Hollywood?
Era
possível; a sensibilidade dos Vampiros ao sol vinha se tornando mais forte com
a popularidade de seus filmes e livros, estavam começando a se tornar sensíveis
à prata, e ela já ouvira um relato ou outro de um recém-transformado que ao
invés de queimar, brilhava ao sol – fora quando os clãs vampíricos tinham
decidido que era hora de dar um jeito de acabar com Crepúsculo, e estavam tendo sucesso; ela não os culpava. O poder da
crença dos humanos era mais forte do que muitos imaginavam, e ninguém queria
que sua fisiologia passasse por mudanças tão radicais.
O
estranho era que o aparecimento desse novo tipo de morto-vivo estava restrito
ao sul da Sierra Madre, no México. Considerando o nível de popularidade dos
zumbis comedores de gente ao redor do mundo, os relatos deviam estar mais
espalhados.
Alanna
fechou os arquivos e guardou o smartphone no bolso interno da blusa, pensativa.
Não fazia sentido. Ou esses “Sem Pele” eram um novo tipo de morto-vivo cujo
aparecimento, por alguma bizarra razão, estava restrito ao México, ou se
tratava de algum ser pertencente ao Sétimo Mundo nunca descrito antes, o que
também seria bizarro.
Com um
suspiro resignado, decidiu se entregar ao sono nas últimas horas de voo.
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