06 dezembro 2014
Resenha: Essência
Editora: Genérico - Modo Editora
Autor: William Saints
Páginas: 198
Esperava mais.
A história tinha tudo para ser realmente memorável. E não é nem pelo romance água-com-açúcar que deixou a desejar. Realmente. Estava esperando um romance sem grandes intrigas mágicas, porque, afinal, é o que provavelmente viria de uma história em que uma estátua ganha vida por causa do amor de uma garota. A premissa é ótima; por mais água-com-açúcar que o romance fosse, dava pra sair uma história do tipo pra guardar com carinho na mente. Só que, pra mim, acaba não sendo isso no final.
Maaas...
A revisão deixou a desejar: pontos no lugar de vírgula, quebrando o raciocínio da frase, palavras escritas errado (envolta. Sim. Desse jeitinho, na pg. 181), erros de concordância, pontuação...
E mais que a revisão, a narrativa.
Achei a narrativa muito... Bobinha, acho que essa é a palavra. Cansativa, quando Bea e David estão juntos. "Sexy", "perfeito" e similares são repetidos tantas vezes que dá sono.
Eu sei, eu sei que é um romance.
Mas, caramba... Custa ter uma narrativa menos enjoativa? :( Essa narrativa, mais que os "vilões" de Malhação, me fizeram enrolar a vida pra terminar de ler o livro. A narrativa... Não é que "estragou" a história, mas a diminuiu muito.
Os personagens... Bem. São interessantes. Pra mim, não se destacaram entre personagens de outros livros, mas, são interessantes e casam bem com a história.
A diagramação e a capa são perfeitas. Nada à declarar sobre.
Mas a narrativa...
Desculpa. Por mais que nomeasse os locais de Florença, não fez eu me sentir ali, com os personagens, acompanhando-os de perto.
Além disso, achei desnecessário usar palavras e expressões em italiano durante o diálogo. A história se passa na Itália, usar palavras e expressões em italiano passa a sensação de que os personagens estão falando outra língua, e que só falam italiano quando dizem essas palavras e expressões, porque o livro está em português. Alguém já viu algum livro traduzido pro português, que se passa na Inglaterra e com personagens ingleses falando inglês, mas que alguma expressão tipo "bom dia" permaneceu em inglês quando traduzido? Não. Porque não faz sentido. É desnecessário. (não me apedrejem)
E, já que insiste em usar as palavras estrangeiras, coloque nota de rodapé com a tradução. De todas as expressões usadas, apenas uma foi traduzida (Parla, pg. 14). "Mas italiano parece português". Pegue um jogo aí e jogue em italiano. Tente ler um livro em italiano. Tentei ambos. Entendi porcaria nenhuma do jogo, e o livro (A Herança de Thuban - Licia Troisi), eu desisti na segunda página, ainda mais porque descobri que a Rocco ia lançar aqui (e ainda não li depois que lançou). Italiano não é tão parecido assim, poucas palavras são cognatas do português. E "Buongiorno" não parece "Bom dia", só é uma expressão muito conhecida, como "Good morning". Ainda assim, se coloca a tradução de "Good morning", porque não é todo mundo que conhece. O mesmo vale pra "Buongiorno": tradução.
Enfim. É a minha opinião. Leia se quiser, a história em si é legal, mas, se estiver acostumado com histórias que possuem narrativas detalhadas e grandiosas, não tenha expectativas muito altas.
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