Hoje começa uma nova série de postagens no blog que, espero, será mensal!
Embora eu considere o início dela com a postagem de indicação de Torchlight II, eras atrás... (
Mas enfim! Foco!
Abrindo a série, vamos falar dessa trilogia maravilinda que tem Garrus e Thane e que em 2017 virá com um novo jogo que eu espero que me faça pirar...
ABRAM ALAS PARA MASS EFFECT! *nocauteada por voadora de Syba*
Syba: Escandalosa ê_e
Fonte (Não é linda essa ilustração de capa dos games no melhor estilo Star Wars? S2)
Parte do motivo que me leva a escrever essa postagem é o fato de ter dois livros de Mass Effect para resenhar: seria mais fácil fazê-lo com vocês tendo um background sobre o universo de ME.
Como diria Jack O Estripador: Vamos por partes. Primeiro pensei em dividir o post no básico, falar jogo a jogo, mas então decidi que seria melhor falar seguindo mais uma ordem como "Construção do Universo", "Enredo" e afins. É mais fácil falar sobre os prós e contras da trilogia e tentar explicar porque gosto tanto de Mass Effect e ainda tentar vender pra vocês o peixe de convencê-los a jogar.
E aviso que falarei de alguns spoilers da trilogia, especialmente do terceiro jogo; procurarei deixá-los no mínimo, mas alguma coisa pode passar, especialmente porque vou abordar um pouco toda a treta que existiu em torno do famoso "final três cores" que deixou muitos fãs da trilogia (incluindo eu) meio... Decepcionados com como a Bioware encerrou a saga do Comandante Shepard. E também teremos muitos termos de rpg em inglês.
Mas enfim. Vamos lá.
O Protagonista
Fonte |
Shepard é um membro da Aliance (Aliança), o órgão da humanidade responsável pela exploração da Via Láctea com seus marines (fuzileiros) e pelas relações diplomáticas com as demais espécies da galáxia. Não apenas isso, mas Shepard passou por um treinamento especial para ser um N7, de certa forma os melhores marines da Aliance.
Não apenas isso, mas durante o primeiro jogo, Shepard é avaliado pelo Conselho (explicado mais abaixo em "O Universo") e implementado nas fileiras dos Specters (Espectros; também explicado mais abaixo). O primeiro Specter humano. E, para encontrar Saren, o renegado Specter que atacou uma colônia humana, recebe o comando da fragata espacial Normandy (S2) e de sua tripulação e ainda faz alianças (ou não) com personagens de outras espécies para ajudar em sua missão. Não, ser Shepard não é pouca coisa. Essa linha de comandar a Normandy e recrutar pessoas de diversas espécies para a tripulação se mantém ao longo da trilogia.
Ao longo do jogo, são feitas diversas escolhas durante os diálogos que moldam a personalidade do Comandante Shepard (Paragon, escolhas "boazinhas", Renegade, escolhas "malvadinhas" e o Paragade, escolhas que variam entre um e outro), como as pessoas o veem: como uma inspiração ou um líder implacável. No primeiro jogo, você tem as habilidades "charm" (paragon) e "intimidation" (renegade) para serem upadas e desbloquearem opções de diálogo que permitem, muitas vezes, soluções pacíficas para algumas missões e coisas do tipo. No segundo e no terceiro jogo, isso mudou e se tornou um sistema mais parecido: suas escolhas de diálogo no geral te dão pontos em paragon ou renegade. Em ambos os modos para, por exemplo, impedir que dois companheiros de batalha se matem sem perder a lealdade de ambos, você precisa ter um mínimo de pontos em um ou em outro, como um teste de carisma, para convencer as duas pessoas sem precisar tomar lados na discussão, e as vezes esse teste é bem alto.(
Shepard, por mais que sejamos nós que o controlamos, eu considero um personagem bem desenvolvido em sua espécie de "jornada do herói" ao longo da trilogia para salvar a galáxia, bem explorado, sem contar a dublagem muito bem feita. E sentirei eterna falta dos meus Shepard quando Mass Effect Andromeda chegar, mas espero que o novo protagonista me conquiste tanto quanto Shepard me conquistou.
Os Companheiros de Batalha e demais personagens
Fonte (Shepard e a maior parte dos companions do 2. Faltou Jacob, Samara e Tali.) |
Um dos maiores motivos para se jogar Mass Effect são os personagens. Dá pra ficar um dia inteirinho falando de todo mundo que aparece ao longo da trilogia e provavelmente a gente ainda esquece alguém... É personagem pra caramba, e todos muito bem trabalhados e muito bem apresentados e muito amáveis/odiáveis, cada um a sua própria maneira. Especialmente os romanceáveis, mesmo que a Bioware tenha... Ferrado... Com alguns desses romances no terceiro jogo... ê_e E matado... Tantos... Personagens... ê.e
Syba: Calma, Gabi... Expulse essa mágoa para fora desse coraçãozinho... o_o
Gabi: IMPOSSÍVEL! ELES MATARAM O THANE! E POR CAUSA DISSO NUNCA CONSEGUIREI ESCREVER ROMANCES HUMANA X ET COM FINAL FELIZ! T_T *chorando desesperadamente*
Syba: o_o *enrola Gabi em cobertor e coloca no cantinho* Bem... Vou ler o texto que Gabi escreveu sobre essa parte... Ela está... Incapacitada por agora... Ela nunca superou a morte do Thane, sabem... o_o
Como Gabi dizia, os personagens são muito bem trabalhados. Como falar personagem a personagem demoraria muito e eu duvido que você tenham paciência de ler tanto, falaremos dos preferidos de Gabi. O que ainda é uma lista meio longa... (
Começando com Mass Effect 1, temos o vilão, Saren. Sim. Ele é um dos meus personagens preferidos, e de muitos outros fãs da saga também. Ele é um vilão bem construído, que passa a impressão de apenas querer poder/destruir tudo, mas conforme o jogo avança e o confrontamos, percebemos que ele foi apenas... Manipulado a acreditar que fazia o correto para proteger a galáxia. Porque, por mais que ele tenha feito uma porrada de coisas questionáveis e afins relacionadas aos humanos, o desejo dele de proteger a galáxia era real, foi como percebi o desenvolvimento dele. É um personagem tremendamente bem construído e eu gostaria muito de ter tido a chance de conhecê-lo como companheiro Specter.
Ainda no primeiro jogo, vamos falar dos meus bros Garrus e Wrex e da minha irmãzinha Tali. Garrus é um Turian, como Saren. Um sniper. Ele é um dos que ajuda Shepard a conseguir evidência do envolvimento de Saren no ataque a uma colônia humana. Wrex já pertence aos Krogans, um mercenário que foi contratado para matar alguém no meio do caminho para conseguir a informação que Garrus menciona. Velho pra caramba, um estilo que não sei descrever, e um dos melhores personagens assim que você o conhece. E Tali, a pessoa que tinha a informação pra incriminar Saren, uma Quarian. O jeito dela me faz pensar nela como uma irmãzinha que eu quero muito abraçar. Os três são os único aliens que tripulam Normandy no primeiro jogo, e eles são incríveis a sua própria maneira e continuam suportando Shepard mesmo quando ele está com a Cerberus (veja em "O Universo"); Wrex é o único que não vai com a gente a partir do 2 por virar líder do clã Urdnot. Tali e Garrus no 2 se transformam em opções de romance, e são romances bem legais, bem escritos, e gostei muito de jogá-los.
Já no segundo jogo, são no total DOZE companions. Ok, tira Garrus e Tali que continuaram, mas ainda assim, sobram DEZ pessoas. Está percebendo como é difícil escolher favoritos? Vou nem falar dos personagens fora do círculo dos companions porque né...
Temos Thane, obviamente. Uma das opções de romance. Um Drell. Na imagem, o quarto da direita pra esquerda. Meu love maior em Mass Effect. Um assassino e uma pessoa incrivelmente sensível. Desde a morte dele no 3, não consegui mais fazer o romance dele no 2... *suspiro* Temos Samara, uma Asari. Ela não se encontra na imagem. Ela é uma Justicar, implacável e com um dos desenvolvimentos mais impactantes ao longo da trilogia. Ela é simplesmente incrível e ela é definitivamente a personagem que eu mais gostaria de conhecer pessoalmente. Temos Grunt (quinto da esquerda para a direita), o Krogan criado em tanque, o bebê da turma. Ele é um dos que mais crescem ao longo da trilogia, é como ver um adolescente se transformar em adulto. Ele é o filho postiço da minha Shepard e ninguém me tira isso da cabeça. E finalmente Jack (segunda da esquerda para a direita). A evolução maior, do meu ponto de vista, é dela. De uma biótica punk criminosa que não quer saber de ninguém nem de responsabilidades por causa de seu passado como vítima de experiências da Cerberus, ela se transforma numa professora barra pesada de outros bióticos para a Aliance. Ela continua punk e do tipo "melhor não mexer com ela", mas ela forma laços com as pessoas, super protetora com seus alunos e é uma ótima professora. A evolução dela me traz lágrimas de felicidade. Bioware acertou em cheio com Jack, e definitivamente ela é uma das minhas personagens favoritas.
Em Mass Effect 3... Temos James. Esse marombado que enfrenta Krogans no braço de ferro se deixar. E alguém que nós podemos aconselhar quanto a entrar para o treinamento N7. Uma espécie de aprendiz também, porque ele vê Shepard como um exemplo a ser seguido. E o melhor é assistir "Mass Effect The Paragon Lost" e conhecer o passado de James. Consegui fazer meus pais assistirem comigo e até meu pai chorou, isso que é uma animação. Acertaram na mão com James, apesar de tudo. E Javik, claro, o Protean de 50 mil anos que achamos congelado e nos ajuda em nossa missão de salvar a galáxia. Mal humorado, nascido para a guerra, perdeu absolutamente tudo que tinha. Um personagem forte que admirei muito, uma pena que não teremos mais dele em Andromeda.
E vamos parar por aqui. Tenho muito mais personagens favoritos na trilogia, quase todos bem trabalhados ao longo da trilogia (
O Universo
Fonte (A linda e maravilha Normandy. Quero uma pra pendurar no meu quarto s2) |
No universo de Mass Effect, a viagem dentro da galáxia é possível graças a esses equipamento enormes chamados Relays que orbitam várias estrelas da Via Láctea. Todos acreditavam serem tecnologia dos tais Proteans, que criaram um império galáctico 50 mil anos antes, mas Shepard descobre que não ao longo da trilogia.
A humanidade é a espécie mais recente na comunidade galáctica, e começaram com o pé esquerdo: entrando em guerra com os Turians. Entendem por que Saren não gosta muito dos humanos?
O tal Conselho que mencionei lá em "O Protagonista" é formado por três das espécies mais poderosas, por assim se dizer, da galáxia: as Asari, os Turian e os Salarian. São eles que procuram garantir uma coexistência pacífica entre as diversas espécies no chamado Espaço do Conselho. Sim, a galáxia não está toda demais das asas deles. Mais ou menos metade da galáxia é o que é chamado de "Espaço de Terminus", locais onde mercenários, piratas espaciais e afins abundam. Os Specters são a "mão" do conselho. Realizam missões com o objetivo de garantir a segurança do conselho e do Espaço do Conselho.
Outra coisa digna de nota para se entender Mass Effect é a organização pró-humanos Cerberus. No primeiro jogo, nós temos contatos apenas com locais de pesquisa da organização, nada de muito destaque, mas à partir do segundo jogo ela ganha força. Tipo... É essa Cerberus que trás Shepard de volta à vida. Isso mesmo. Shepard morre no começo do dois. E é aí que Cerberus entra e vários companions do primeiro jogo dão as caras para Shepard: Cerberus tem uma reputação muito ruim. Por exemplo, Jack, cresceu numa instalação da Cerberus onde realizavam diversos experimentos com ela tencionando aumentar seu poder biótico.
E o que raios é esse poder biótico que eu to sempre falando? É tipo a Força?
Sim, só que não. Basicamente quem é biótico é capaz de controlar a matéria escura que existe no universo. Nos jogos, bióticos podem criar singularidades, ondas de choque, e outras coisinhas bem legais.
Existe muito mais a se explorar em Mass Effect. Cada espécie tem seu jeito de ser, de agir, sua própria cultura, seu próprio passado, e é incrível descobrir tudo isso. Se eu entregar tudo aqui, perde a graça.
O Enredo (Cuidado com os Spoilers aqui)
Fonte |
Como mencionei ao longo dos outros tópicos até aqui, o ponto principal é salvar a galáxia.
Mas salvar a galáxia de quê?
É isso que a gente descobre no 1 e que só um punhado de gente acredita. Um bando de gente muito confortáveis em suas vidas se recusam a acreditar.
Ok, ok, calma. A ameaça são os chamados Reapers (Ceifadores). São máquinas com Inteligências Artificiais imensas... Normalmente quilômetros de extensão. E a cada determinado período de tempo vem e matam toda a vida inteligente da galáxia. No 1, Shepard consegue impedir isso. No 2, ao destruir o ponto de origem dos Collectors (Colecionadores), Proteans totalmente modificados pelos Reapers e seus bichinhos, e ao destruir todo um sistema na DLC Arrival, Shepard ganha mais tempo contra os tais Reapers. Mas a quantidade de pessoas que acreditam em Shepard até os tais Reapers finalmente chegarem e começarem a quebrar o pau e matar todo mundo, é pequena.
Então, quanto eles chegam no 3, a galáxia está relativamente bem mal preparada. E aí lá vai Shepard de novo juntar aliados e recursos e construir uma super arma que aparentemente os Proteans não conseguiram terminar, mas que deveria matar todos os Reapers.
Por que raios eles matam todo mundo? De onde esses Reapers vieram? A Bioware deu uma explicação na DLC Leviathan do 3 pra de onde eles vieram e destacaram mais o motivo e olha... Acho que era melhor ter deixado no escuro e no mistério. Basicamente eles foram criados para impedir guerras entre orgânicos e as máquinas que eles criam e salvar a vida orgânica, encontrar uma solução, e é o que eles estão fazendo.
É. Salvando a vida orgânica matando todo mundo. Eles alegam que coletam todo o conhecimento das espécies orgânicas e todo o mais e usam para construir outros Reapers, mas né... Grande forma de salvar. Vocês estão começando a entender porque, com tanta coisa boa, tantos personagens bons e com um worldbuilding tão rico, tanta gente desgosta do terceiro jogo. E aí vem o final "escolha sua cor", porque dá a impressão que não importa sua escolha nem tudo que veio antes, parece que só muda mesmo a paleta de cores. O que melhorou um pouco foi a DLC Extended Cut, feita porque os fãs praticamente berraram que aquele final tava ruim, mas né... Pô, Bioware, o que vocês colocaram na Extended Cut devia ter desde o começo. E não vou nem falar sobre a DLC Citadel.
A trilogia é muito boa, divertida de jogar e explorar o universo, entretanto é inegável que no três a Bioware meio que deixou a peteca cair em alguns pontos, seja por pressão de tempo da EA ou por outra coisa, não sabemos. Temos esse final, temos a forma como dois personagens e opções de romance para female no 2 foram praticamente ignorados no 3 (Thane, que morre, como herói ou não, mas morre, e praticamente não aparece além disso, e Jacob, que... Arranja outra. É. Nem pra mandar uma mensagem falando que não tem mais nada. A gente só descobre na hora que vai salvar ele. Tipo... Né.) e temos a introdução de uma personagem que praticamente não agrega nada e dizem que foi só para conseguir análise positiva.
Amo o terceiro jogo, chorei rios com a missão final de Tuchanka (mundo natal Krogan) e a missão final em Rannoch (mundo natal Quarian), chorei horrores na morte do Thane, chorei horrores quando achei que o Grunt tinha se ido, senti meu coração se despedaçar na missão onde reencontro a Samara, enfim. Chorei horrores ao longo do jogo e me diverti muito e amei os encerramentos e evoluções da maior parte dos personagens. É um jogo muito bom. Mas tem essas coisas que mencionei que incomodam.
Amarei eternamente Mass Effect, que ajudou a me puxar para a ficção científica, mas não posso negar que Bioware podia ter feito melhor em alguns pontos. Tipo não matando o Thane.
E ainda assim sempre irei recomendar que joguem a trilogia :P
Syba manda Beijos!
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Mande beijo pra mãe, pra tia, pro namorado(a), pro cachorro, pro passarinho, dance cancan, enfim, fique a vontade, a dimensão é sua.
Syba: Mas não faça piada do meu cabelo... u.ú
Gabi: Tá, tá... ¬¬