(Com meu escorpião em resina que tenho faz séculos porque um personagem do livro é tão traiçoeiro quanto, pelo menos pra mim. Não, não contarei quem)
Editora: Chiado
Autor: Michael A. Iora
Páginas: 627
"- BASTA! - Vedriny bateu com as mãos sobre a mesa com tamanha violência que surpreendeu a todos e sobressaltou a cocatrce. - Será que podemos ter uma ceia em paz, sem que vocês fiquem se provocando e insultando?! Kyehn, você é um estúpido; e Amahande, pare de reagir às provocações dele!
O arquimago resfolegou de modo zombeteiro, mas bastou um relance para o olhar carregado de Vedriny e ele resolveu se manter quieto. Aglarion quase riu da situação, mas a elfa estava tão irritada que até mesmo ele achou prudente não provocá-la.[...]" (Pg. 266)
Pois bem. Eu gostei do livro, é bom na minha opinião, com uma narrativa interessante e envolvente, com personagens reais em suas personalidades e cativantes a sua própria maneira (
Entretanto, embora eu tenha gostado do livro e o considere bom, tenho algumas observações não tão boas a serem feitas. Pelo menos para mim.
A história também é até que bem amarrada e atraente, entretanto, provavelmente por conta do ponto de vista escolhido, focado em Aglarion, falhei em perceber qual era o conflito principal do livro, o que fazia a história andar, e por conta disso quando o final chegou, não teve um impacto tão grande. Quase como se o clímax não tivesse sido construído de fato. Tivemos pistas sobre o motivo dos acontecimentos finais nas conversas de Kyehntw'arthal e Amahande e um ou outro personagem que Aglarion ouvia, mas ao mesmo tempo, não senti realmente um envolvimento do personagem com essa trama que, em teoria, é o foco, mas que na prática, parece ficar mais em segundo plano, o primeiro plano sendo pura e simplesmente o treinamento que Aglarion passa nas mãos de Kyehn e o quanto o mago gosta de atormentar e desprezar e se fazer de bonzão perante os outros. Embora a história seja boa e interessante, falta emoção de fato e acaba ficando entediante num certo nível. Os personagens são interessantes, mas é difícil de se conectar realmente com qualquer um deles - especialmente porque Aglarion chora muito no começo.
Se a narrativa se alternasse em seus pontos de vista entre Aglarion e outros personagens, ou se Aglarion descobrisse e pesquisasse mais por si próprio por real curiosidade, ao invés de apenas ficar dependendo de Kyehn revelar algo (
Em questão de história, é isso que tenho à falar.
Quanto à edição física do livro... A capa é linda e o papel usado é muito bom. A revisão também é muito boa, não peguei nenhum erro absurdo (
Mas eu odiei como a diagramação foi feita no sentido de escolha do tamanho da fonte e do espaçamento utilizado. God of War II tem o mesmo tamanho em sentido de 14cm x 21cm ou algo assim (
Enfim, gente, era isso que tinha à dizer. Enrolei muito, tipo, muito mesmo pra escrever essa resenha. Destaco que as críticas feitas não significam que o livro é ruim, longe disso, só achei que faltou emoção mesmo. Quero saber o que vai acontecer por conta de um plot twist no final e vou acompanhar a saga, mas também queria destacar que achei a forma como a história foi contada entediante. .-.
Classificação final:
(-0,5 coração pelo jeito de levar ao clímax e -0,5 pela diagramação xD)
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Mande beijo pra mãe, pra tia, pro namorado(a), pro cachorro, pro passarinho, dance cancan, enfim, fique a vontade, a dimensão é sua.
Syba: Mas não faça piada do meu cabelo... u.ú
Gabi: Tá, tá... ¬¬