“Waiting for my damnation — your
prosecutor's here
In my own accusation — you
can't run from yourself
Oh we're living these lies all
alone
So come on and throw the stone”
“Esperando pelo minha
danação — seu acusador está aqui
Na minha própria acusação — você
não pode correr de si mesmo
Oh, nós estamos vivendo
essas mentiras totalmente sozinhos
Então venha e atire a pedra”
(Blood on My Hands – Xandria)
Observou a mansão se erguendo em meio às casinhas
organizadas à distância, a inexistência de uma muralha destacando a vila
Lafayette, uma sensação de saudosismo preenchendo seu peito após quase dez anos
fora daquela dimensão. Sentiu uma mão em seu ombro, e sorriu para seu mestre
Leonardo.
— Preparado, Adrien? — o Observador sorria de modo
encorajador. O Lycan mais novo limitou-se a acenar afirmativamente.
— Por que não conversa com a aniversariante? — Tomás
bateu em seu ombro, uma taça de vinho nas mãos, sentando ao lado de Adrien. O
“rapaz” engasgou com o conhaque, olhando para onde Elizabeth, a irmã caçula da
esposa humana de Joseph, estava sentada entre a irmã e o pai. A garota, que
estava completando 15 anos, tinha os cabelos negros e encaracolados presos com
uma rede de pérolas brancas, os olhos verdes, intensos e vívidos se destacando
na pele pálida. E não apenas isso. Era uma Mensageira, com seu dom palpitando
em sua voz cada vez mais forte conforme seu aniversário de dezesseis anos se
aproximava, quando a barreira entre espíritos cairia. Era somente por causa
daquilo que ele e Leonardo estavam permanecendo na vila que pertencia ao clã
Lafayette.
Do outro lado do salão, viu Elizabeth sorrir em sua
direção, discreta, os lábios rosados mexendo-se de forma tão suave quanto
pétalas de rosas cor-de-maravilha ao vento, e sorriu em resposta quase sem
pensar, sua fera interior praticamente o intimando a falar com a garota.
Ignorando-a, olhou para o velho amigo e irmão de transformação.
O tempo parecera não passar para Adrien quando se
analisava sua forma física, mas com Tomás, a história era outra. O Lycan não
era mais tão magro, deixara a barba crescer de forma respeitosa e,
estranhamente, agora parecia mais um Lafayette do que nunca, embora Joseph e
outros Lycans viessem encorajando-o a começar seu próprio clã. Casado já era,
com uma moça elegante de língua afiada e rápida de um clã Lycan menor, de
Florença, que naquele instante praticamente pulava de mesa em mesa tal qual um
beija-flor, lançando sorrisos e alegando tentar encontrar o par ideal para
todos os solteiros, presentes ou não.
— Por que acha que eu deveria? — perguntou acima do
som da animada música. Tomás sorriu, tomando mais um gole de vinho, antes de
responder.
— Acredite quando digo que é como se as mulheres Lycan
a tivessem criado, e não simples humanas. Exatamente o seu tipo. — Tomás ainda
sorria quando apontou na direção da garota. Vislumbrou a esposa de Tomás, com
cabelos de um castanho escuro como árvores sombreadas e um vestido à moda
veneziana se inclinando na direção de Elizabeth e falando algo que trouxe um
profundo vermelho as bochechas da garota enquanto relanceava o olhar em sua
direção.
— Adrien, respire. — Tomás voltou a falar, rindo do
nervosismo do amigo, que naquele instante parecia ser mentalmente o mesmo rapaz
de dezessete anos que a aparência indicava. Mas não podia falar muito. Ficara,
talvez, até pior quando se casara — e só tivera Joseph para acalmar seu
nervosismo, coisa que realmente devia ser abolida por lei: se você precisava
acalmar um batalhão antes de uma guerra, ele era a escolha; se precisava
acalmar o noivo... Enfim, era melhor o Alfa ser proibido de tal tarefa. Ele
realmente não sabia as frases certas para isso.
— Falar é fácil, não é você vai ter parentesco com o
mestre Joseph... Você tem ideia do que é imaginar os filhos dele me chamando
de... Tio? — resmungou, tenso e nervoso, balançando-se sobre os próprios pés,
tentando espantar a carga de adrenalina que o percorria. — Especialmente com
uma garota que sabe tudo que você fez, faz e vai fazer... — soltou um grunhido
que podia ser de desgosto, parando de se mexer. Andou até a janela do quarto,
espiando o jardim que separava a mansão das casas dos humanos e Lycans que
formavam a vila. A decoração da festa terminava de ser arrumada pelos criados,
correndo como abelhas operárias pelo lugar.
Tomás girou os olhos, a dica de um sorriso nos lábios
meio cobertos pelo bigode e pela barba.
— Fique aí surtando, Adrien. Vou fazer algo mais útil,
como verificar as coisas na cozinha. — saiu do quarto, a tempo de ouvir o riso
de Adrien, ao lembrar que, quando falavam aquilo, nos tempos de
recém-transformados, era sinônimo de que iam surrupiar algum doce ou salgado
delicioso, sem que os cozinheiros os vissem, antes das refeições. Imaginar
Tomás fazendo isso, com a aparência respeitável que adquirira, sem rir, era impossível.
Tinha terminado de descer a escada, decidido a pegar
qualquer coisa na cozinha que lhe desse uma calmante overdose de açúcar, quando
um criado esbarrou de leve em seu ombro. Continuou andando, virando a cabeça de
leve para observar o criado que começara a subir a escadaria. Apesar da pele de
brancura quase como ossos nus e de andar de forma meio encurvada, como que
querendo se esconder, não havia nada que fizesse-o estranhar o criado, nem
mesmo o cheiro, mesmo que não pudesse ver seu rosto. Dando de ombros, continuou
seu caminho rumo à cozinha.
Tomás vinha voltando, flocos de açúcar cobrindo a
barba, enquanto mastigava alegremente um pedaço do pão doce polvilhado com
açúcar. Sorrindo ao ver Adrien, estendeu um pão-doce para o velho amigo, mas
antes que o Observador pudesse pegar a guloseima surrupiada, enrugou o nariz,
praticamente colando-o ao ombro direito de Adrien, antes de se afastar, os
lábios repuxados num esgar.
— Você está cheirando à sangue. — resmungou.
Adrien franziu as sobrancelhas enquanto contorcia o
pescoço para cheirar o casaco cinza-chumbo onde Tomás o cheirara. O cheiro era
leve, férrico, e ao mesmo tempo o enjoou e deixou a fera exultante, enquanto
sua mente viajava para o criado que esbarrara nele. Que não lhe deixara ver o
rosto, com a pele parecendo um marfim polido. Não sentiria o cheiro de sangue à
distância, era muito sutil. A conclusão o atingiu, e no segundo seguinte,
corria na direção do quarto de Elizabeth, o coração batendo na garganta enquanto
sua mente imaginava se ela estava bem, deixando um confuso Tomás para trás.
— O QUE VOCÊ FEZ?! — seus olhos se focaram em quem à
pouco se passara por criado, e entendeu porque escondera o rosto, agora coberto
do sangue vermelho de Elizabeth desde o nariz e escorrendo pelo pescoço,
morrendo na camisa branca de algodão, o cheiro mais para ferrugem o deixando
zonzo e a fera, atenta. Ele sempre se lembraria daquele rosto que invocava
todas as noites antes de dormir, para que nunca esquecesse o irmão gêmeo.
Louis nada mudara. Talvez tivesse ficado com os
cabelos e pele mais claros, mas só, embora os olhos brilhassem como vinho-tinto
naquele momento. Os ossos continuavam recobertos de músculos magros. Continuava
com as feições mais alongadas.
Continuava a parecer ter quinze anos, mesmo que não se
vissem há mais de dez.
Os olhos de Adrien brilhavam bronze e voltavam ao
azul, quando ele olhou de novo para Elizabeth, uma das mãos cobrindo o pescoço
dilacerado pelos dentes de Louis, apoiando-se fracamente na parede, os olhos
piscando, lacrimejantes, entrando e saindo de foco. Sentiu seu peito se rasgar
por dentro com a cena. Como se alguém estivesse arrancando seu coração com as
mãos nuas enquanto ele batia, cada respiração e batida enviando pontadas
agudas. Olhou de novo para Louis, um sorriso de lado esticando os lábios finos
do Vampiro.
Deixou a fera assumir o controle da batalha que se
seguiu. Avançou na direção do irmão gêmeo, e os dois se atracaram numa violenta
troca de socos, mordidas e garras que cresciam voluntariamente, suor e sangue
ensopando-os.
Por um instante, conseguiu imobilizar o Vampiro,
jogando-o no chão de pedra polida, puxando-lhe os braços para trás, um de seus
joelhos pressionando suas costas para baixo, enquanto suas mãos seguravam os
pulsos. O elegante casaco e camisa estavam destroçados, ensopados de sangue, e os
cortes que as unhas de Louis tinham provocado ardiam, e naquele momento, em que
conseguiu vê-las mais atentamente, entendeu o motivo: tinham sido recobertas
com prata. Louis contorceu-se como uma cobra, arranhando os pulsos de Adrien,
conseguindo se libertar quando o Lycan uivou de dor, totalmente consciente de
que estava cheio de cortes que demorariam a fechar e que doíam mais que qualquer
outro ferimento que já levara.
Por um instante, enquanto rolava no chão para escapar
das garras de Louis, imaginou por que Tomás não o seguira, e sentiu o peito
apertar de novo com medo pela vila. Algo acontecera. Algo muito sério.
Ergueu-se num pulo, virando-se para Louis numa posição ameaçadora.
Quando o Vampiro se ergueu do chão, foi possível ver
que ele não estava muito diferente, embora as marcas que cobriam seus braços
fossem mais de mordidas fundas, destinadas a arrancar pedaços de carne se Adrien
tivesse tido tempo suficiente para aprofundar mais as mordidas e puxar o rosto
com força para longe.
— COMO PÔDE MORDÊ-LA?! — mal reconheceu a própria voz,
tão cheia de ódio estava. Seu peito se erguia num ritmo irregular enquanto ele
lutava para conter a fera. Não podia se transformar tão irritado. Não tinha
ideia de quão habilidoso de fato seu gêmeo era, e isso podia significar perder.
Isso se não perdesse o total controle e, após vencer Louis, saísse matando à
torto e a direito.
Louis pulou para trás, assumindo novamente posição de
luta, o peito se erguendo de forma ritmada, levantando o rosto para que
mostrasse um sorriso vitorioso e sarcástico.
— Talvez porque você se recusou a seguir Savino! — Adrien
rosnou com a resposta, sentindo os dentes de lobo perfurarem suas gengivas
enquanto os outros dentes foram recolhidos. Era cada vez mais difícil conter a
transformação, mas sabia que ainda não perdera o controle ao ver seu reflexo no
espelho do quarto, com seus olhos ainda azul-claro.
— Foram eles que mataram o pappa! Como queria isso?! —
voltou a avançar, e de novo estavam rolando no chão enquanto se espancavam.
Daquela vez, foi Louis quem levou a melhor: estava em
cima do Lycan, quando Adrien tentou socar seu rosto e desviou; com a abertura,
jogou um dos cotovelos com toda a força que possuía — e que não era pouca — bem
no estômago do irmão gêmeo, onde as costelas começavam a se afastar. Sentiu os
músculos cederem e ouviu Adrien tossir com falta de ar quando a força do golpe
forçou o suco gástrico por seu esôfago, o ácido clorídrico queimando-lhe por
dentro. Com Adrien sem fôlego por alguns instantes, estendeu as garras da mão
direita para o lado esquerdo do peitoral do Lycan, bem onde sentia o coração
pulsando rapidamente, alguns fios mantendo a camisa no corpo, com o local
descoberto. As pontas tocaram a pele morena de sol e começaram a perfurar tão
facilmente como ele cortaria manteiga.
Adrien urrou de dor quando sentiu as garras revestidas
de prata cortando-o e, tão logo pode, agarrou os dois braços de Louis,
afastando-os, batendo sua cabeça na do Vampiro com tanta força que sentiu outro
corte se abrir. Se fosse humano, provavelmente ambos teriam conseguido um
traumatismo craniano. Enquanto Louis ainda estava atordoado, jogou-o para o
lado e se levantou. Antes que pudesse sequer pensar no que fazer, a voz de
Elizabeth soou.
— PAAAAAAREM!
Sua postura era ereta e orgulhosa, apesar do sangue
que cobria quase completamente o colo pálido. Seus olhos, antes de um verde tão
brilhante, agora eram de um azul-claro, tão claro que era quase leitoso, frios,
preenchidos de maldade e ódio. Parecia que nada restara da antiga Elizabeth.
Isso ficou ainda mais evidente quando sorriu de forma maligna, antes de começar
a falar.
Adrien via seus olhos no reflexo do espelho. Havia uma
dor profunda neles, uma dor que nada nem ninguém seria capaz de descrever, ou
até mesmo de entender. Nem mesmo ele era capaz de descrevê-la.
Tomás parou ao lado dele diante dos quatro principais
túmulos em meio ao cemitério ao lado da igreja da vila. Estivera certo em temer
pelos demais enquanto enfrentara Louis. Vampiros e Bruxos tinham atacado-os
durante o final da preparação da festa. Várias pessoas, a grande maioria
criados, tinham morrido. Sentia seu peito apertado, o ar passando fracamente
através da garganta, enquanto forçava-se a permanecer diante dos túmulos,
culpando-se e martirizando-se. Havia muita dor e tristeza nos olhos que agora
seriam eternamente cor de bronze.
Joseph, Leonardo, Elizabeth e sua irmã mais velha, a
esposa de Joseph.
Seu segundo pai, seu mestre, sua eterna amada e sua
segunda mãe. Conhecia a maior parte dos criados mortos, e sentira tais mortes,
mais por aqueles que ficavam que por qualquer outra coisa. Mas não com aqueles
quatro. A morte deles era como se espinhos entrassem e saíssem de seus pulmões
a cada respiração.
Joseph e Leonardo, atacados por uma horda de Vampiros
e Bruxos enquanto conversavam na biblioteca, separados de outros Lycans e alguns
Observadores. A esposa de Joseph, morta na cozinha junto de outra dezena de
criados. E Elizabeth, que parara de respirar em seus braços, depois de
amaldiçoá-lo por algum motivo que ele nunca saberia. Louis fugira no instante
em que Elizabeth fincara a faca de ferro puro, uma das poucas coisas capazes de
matar Bruxos, em si mesma. Ela sabia o que ia acontecer, afinal, adquirira a
faca, embora ainda tentassem entender como tinham descoberto onde a vila
ficava. Mas porque ela nãos os avisara? Ele não sabia, e não tinha ideia se um
dia saberia a resposta.
Virou-se para Tomás, vendo a mesma dor da perda por
trás dos olhos do irmão de transformação, e o abraçou com força.
— Você vai cuidar bem do clã, não vai, irmão? — com a
morte de Joseph sem a existência de herdeiros, houve uma discussão sobre quem
assumiria o cargo de Alfa — mesmo que pouquíssimos Lafayette tivessem
sobrevivido ao ataque. A maioria acabou por concordar que Tomás era o mais
adequado porque, querendo ou não, tinha sido educado por Joseph por mais de dez
anos, e tinha se transformado num filho para o Lycan desde que fora
transformado. Mesmo que não tivesse o sangue dos Lafayette, a alma era de um,
estando em pauta uma mudança no clã, uma renovação, em que deixariam as antigas
raízes para trás e fundariam novas raízes à partir de Tomás.
Tomás sorriu de leve, os olhos permanecendo
inexpressivos por causa da tristeza.
— Claro que vou. — afastou-se, fitando Adrien nos
olhos. — E você vai vingar mestre Joseph, certo? — apertou os lábios numa linha
fina, e Adrien sorriu de leve.
— Pode levar um milênio, Tomás, mas vou. — sabia que
aquilo era mentira, por causa da maldição. Mas que iria fazer tudo que pudesse
para tal, iria.
O novo Alfa balançou a cabeça em afirmativa e
afastou-se um passo, dando um aceno rígido de despedida com a cabeça.
Adrien suspirou e virou-se na direção da saída da
vila, onde um grupo de Observadores o esperava. Os Lycans tinham uma aparência
variada, mas os Drachen, não. Todos tinham aqueles traços orientais de olhos
estreitos e puxados, e um deles se destacava devido ao cabelo branco caindo até
os ombros com alguns fios vermelhos aparecendo e olhos que, como o dele, eram
bronze derretido. Era tão alto quanto Adrien, o corpo com músculos medianos,
usando vestes típicas de seu país em tons de azul-gelo, terra e preto, se apoiando
numa bengala de madeira escura de ébano com diversas pedras preciosas pequeninas
e brutas incrustadas ao longo da superfície irregular, como se fosse um galho
pego ao acaso. Aproximou-se do Observador, que acenou de leve para ele.
— Está pronto, Adrien?
O Lycan balançou a cabeça numa rígida afirmativa.
— Sim, Hayato.
Hayato suspirou, enquanto seus olhos que demonstravam
a sabedoria de milênios acenaram para os outros Observadores e para a única
carroça carregando suprimentos.
— Então vamos para a Catedral. Os demais nos
encontrarão lá para a batalha que se aproxima.
O grupo começou a se mover pela estrada de terra.
Hayato mancava um pouco por causa de algum ferimento antigo, lembrando Adrien
de Joseph, pois apesar de mancar, era ele quem ditava o ritmo rápido, o andar
de um soldado em cada passada. Aquela comparação só fez o peito de Adrien doer
mais, e os olhos, arderem com lágrimas não derramadas.
Só quando ninguém na vila Lafayette poderia ver ou
ouvir o grupo, Hayato falou com Adrien, a voz com uma suavidade consoladora.
— Pode chorar agora, Adrien Padovani. Nenhum de nós
irá julgá-lo, pois sua perda foi grande. — Adrien o olhou apreensivamente. — Lágrimas
não são um sinal de fraqueza para nós, Observadores, como Leonardo deve ter te
dito. São um sinal de que nossas almas estão vivas. — um sorriso preguiçoso se
espalhou por suas feições. — E enquanto nossas almas estiverem vivas, nós temos
esperança, independente de qual seja a esperança. — bagunçou um pouco os
cabelos loiro-avermelhado, e Adrien sentiu a verdade por trás das palavras de
Hayato, o Observador mais velho vivo, com recém-completados quatro mil anos
como Observador — Adrien nem sonhava em saber quantos anos de vida o Drachen
possuía.
Fungou uma vez, e enquanto caminhavam em direção ao
portal para a Catedral, lágrimas silenciosas escorreram por seu rosto como rios
solitários. As lágrimas que não se permitira derramar pelo bem de Tomás e de
sua esposa, pois alguém tinha que segurar o novo casal Alfa dos Lafayette enquanto
choravam suas perdas. Alguém que não fosse do clã. Alguém que não usasse aquilo
contra ele para desmoralizá-lo. Alguém de fora, para quem as intrigas entre
clãs pouco importavam.
E jurou novamente que Louis nunca teria paz depois
daquilo.
Embora já fosse fazer isso por ser quem era...
Era sua tarefa como Observador, afinal de contas.
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Mande beijo pra mãe, pra tia, pro namorado(a), pro cachorro, pro passarinho, dance cancan, enfim, fique a vontade, a dimensão é sua.
Syba: Mas não faça piada do meu cabelo... u.ú
Gabi: Tá, tá... ¬¬