E John Wülf: Não, acredite em mim, eu não vou quebrar a promessa da Arely u_ú
No turno da noite de um hospital no estado do Maine, o Dr. Luke Findley espera ter outra noite tranquila com lesões causadas pelo frio extremo e ocasionais brigas domésticas. Mas, no momento em que lanore McIlvrae — Lanny — entra no pronto-socorro, muda a vida dele para sempre. Uma mulher com passado e segredos misteriosos, Lanny não é como as outras pessoas que Luke conhceu. E Luke fica, inexplicavelmente, atraído por ela...mesmo sendo suspeita de assassinato. E conforme Lanny conta sua história, uma história de amor e uma traição consumada que ultrapassam tempo e mortalidade, Luke se vê totalmente seduzido. Seu relato apaixonado começa na virada do século 19 na mesma cidadezinha de St. Andrew, quando ainda era um templo puritano. Consumida, quando criança, pelo amor que sentia pelo filho do fundador da cidade, Jonathan, Lannyfará qualquer coisa para ficar com ele para sempre. Mas o preço que ela tem de pagar é alto — um laço imortal que a prende a um terrível destino por toda a eternidade. E agora, dois séculos depois, a chave para sua cura e salvação depende totalmente de seu passado. De um lado um romance histórico, de outro uma narrativa sobrenatural, Ladrão de Almas é uma história inesquecível sobre o poder do amor incondicional, não apenas para elevá-lo e sustentá-lo, mas também para cegar e destruir. E revela como cada um de nós é responsável por encontrar o próprio caminho para a redenção.
Editora: Novo Conceito
Autora: Alma Katsu
Páginas: 427
Como posso falar corretamente de Ladrão de Almas?
É um livro intenso à sua própria maneira, intercalando
capítulos que contam o passado de Lanny em primeira pessoa – e dentro deles, em
parte do livro, o passado de Adair, contado por ele, mas em terceira pessoa – e
capítulos se passando no presente, contando a fuga de Luke e Lanore – Lanny –,
numa visão em terceira pessoa que foca mais em Luke, o médico que examinou
Lanny quando a polícia da pequena cidade de St. Andrew.
“De alguma forma,
com a ponta dos dedos murchos, o físico conseguiu tirar a tampa, revelando uma
longa agulha que servia como uma rolha bem fina. Um fluído viscoso e acobreado
estava grudado na agulha e formava uma gota gorda na ponta.
- Abra a sua
maldita boca! – o físico mandou, segurando a rolha sobre os lábios de Adair. –
Está prestes a receber um dom precioso. A maioria dos homens mataria ou pagaria
muito dinheiro por ele. E aqui estou eu a ponto de desperdiçá-lo com um idiota
feito você! Faça o que eu disser, seu cachorro mal-agradecido, antes que eu
mude de ideia. – Ele nem precisava ter brigado: a agulha era fina o suficiente
para atravessar os lábios de Adair, e ele a enfiou na língua do rapaz.” Pág.
200/201
Fiquei surpresa com a dedicação de Lanore para com
Jonathan. Até dei uma pausa na leitura em dado momento, porque foi extremamente
difícil para mim imaginar a intensidade desse amor de Lanore. Mas depois,
quando “aceitei” a enormidade do sentimento de Lanny para com Jonathan, não
consegui mais largar o livro. Eu queria saber o que tinha levado-os de 1809
para os dias atuais. E porque ela tivera de matá-lo, porque, uma vez que
entendi o quanto ela o amava, me pareceu absurdo ela matá-lo.
“- Não foi nada
disso. Nós nos conhecíamos. Viemos juntos para a cidade. Ele – ela para,
gaguejando –, ele me pediu para ajudá-lo a morrer.” Pág. 17
“Será que preciso
lhe contar sobre Jonathan, o meu Jonathan, para que então compreenda como eu
podia ter tanta certeza de minha devoção? [...]
Quando Jonathan
completou 12 anos, não havia como negar que havia alguma coisa sobrenatural
nele, e parecia óbvio atribuir isso a sua beleza. Ele era uma maravilha; a
perfeição. Não era algo que se pudesse dizer sobre muita gente naquela época,
quando as pessoas eram desfiguradas por um número variado de causas: sarampo ou
acidente; queimadura na fornalha; magreza por desnutrição; desdentadas aos 30
anos; tortas por causa de algum osso consertado de forma errada; com
cicatrizes; paralíticas; sarnentas por falta de higiene; com partes do corpo
amputadas por causa do frio da floresta. Mas não havia uma só marca de
desfiguração em Jonathan. Ele se tornara alto, ereto e de ombros largos, tão
majestoso quando as árvores de sua propriedade. Sua pele tinha um tom creme;
seus cabelos eram negros, lisos e tão brilhantes quanto as asas da graúna; seus
olhos eram escuros e profundos, como os remotos recessos do Allagash. Ele era
simplesmente lindo.” Pág. 27/28
Não apenas isso. Todos os personagens são humanos da
forma mais intensa possível, cheios de matizes de cinza, nenhum muito bom nem
muito mal, embora Adair seja realmente alguém mais pendente para o lago negro.
Mas sem deixar de ser fascinante.
Lanore engravida de Jonathan, e os pais a enviam para
Boston, onde terá o filho num convento, o abandonará e então voltar para St.
Andrew. Mas ela não faz isso, e é nessa que ela vai parar na casa de Adair,
onde conhece Alejandro, Uzra, Tilde e Donatello – todos de belezas fantásticas
e próprias –, onde vive por 3 anos após ser tornada imortal, e onde mal vê o
tempo passar.
O mais surpreendente é que os personagens ditos imortais
são literalmente imortais. Não há um calcanhar de Aquiles ou algo assim. O fato
é que somente – somente – quem os tornou imortais pode feri-los e matá-los. E é
justamente isso, que somente quem tornou alguém imortal pode matar esse alguém,
que gerou esse “encontro de destino” entre Luke e Lanore.
Conforme a história de Lanore avança, o egoísmo que ela
sente fica ainda mais evidenciado devido a tudo que fez – e ainda vai fazer –
por Jonathan. É após 3 anos, quando Adair fica sabendo sobre Jonathan, que
Lanore volta para St. Andrew, com a missão de levar seu eterno amor para
Boston. À partir daqui, deixo para o livro, porque é aí que tudo fica ainda
mais daquele jeito que o coração parece estar na garganta de tanta ansiedade.
Existem outros personagens, que, em dados momentos,
parecem não importar muito para a trama, mas que ao avançar das coisas, acabam se
mostrando, sim, importantes, de certa forma. Não vou contar muito além, porque provavelmente
vou acabar estragando tudo.
E eu digo que Ladrão de Almas é o título ideal para o
livro, combinando muito bem, obrigada, com Adair.
“- Estou dizendo
que tenho buscado respostas e que nenhuma voz falou comigo até hoje. Nem Deus
nem Satã se deram ao trabalho de me explicar como este “milagre” se encaixa nos
planos deles. Ninguém me pediu para ser submisso a ele. A partir daí, só posso
deduzir que não sou servo de nenhum dos dois. Não tenho mestre. Somos todos
imortais: Alejandro, Uzra e os demais. Eu transformei todos vocês, você
compreende? – outra longa baforada no narguilé, um gole de água e sua voz
retumbante baixou. – Você transcendeu a morte.
- Pare de dizer
isso, por favor! Está me assustando.
- Irá se acostumar
e, logo, logo, não sentirá mais medo. Não haverá nada com o que se assustar.
Agora, há somente uma regra a seguir, uma pessoa a quem deve obedecer e essa
pessoa sou eu. Tenho sua alma, Lanore. Sua alma e sua vida.” Pág. 161
E eu acho que o passado de Lanore vai voltar para chutar
a bunda dela no próximo livro. Querendo ou não, a solução dada ao problema dela
não era para sempre...
Recomendado! u_u
Syba Manda Beijos!
Hum... O livro parece bom... e Arely me conta uma história bem diferente...
ResponderExcluirÉ bom sim =D
ExcluirHmmm... Aposto que ela abriu o bico sobre a maldição da Elizabeth... u.u
Ainda não...
ResponderExcluirEm todo caso, pessoa, creio que a música perfeita para a Stacy não é aquela cujo nome não me lembro. Procure Carry the blessed home por Blind Guardian.
A música atual da Stacy é Bring me to Life, do Evanescence =P
ExcluirE essa música... Hmmmm... Acho que ela é perfeita pra Stacy em Teia de Seda *-*
Prevejo que serei xingada até minha décima geração quando começar ele xD