14 março 2017

Resenha: Qualquer Outro Lugar


Editora: Novo Conceito
Autora: A. G. Howard
Páginas: 415

"Meus dedos tremem enquanto contornam as letras: T-h-o-m-a-s. Papai conhecerá seu verdadeiro nome hoje, não o nome que mamãe lhe deu. Todas as revelações, toda a monstruosidade que ele viveu quando criança, essas experiências nos levarão para Qualquer Outro Lugar - o mundo do espelho onde os exilados do País das Maravilhas ficam presos. Ele é coberto por uma cúpula de ferro, mantendo-os prisioneiros e, de alguma forma, distorcendo sua magia, caso eles a usem lá dentro. Cavaleiros da Vermelha e da Branca montam guarda nos dois portões de Qualquer Outro Lugar."  (pgs. 8 e 9)


A conclusão da trilogia.

E que conclusão.

Alyssa, após se passar por louca enquanto sua mãe está presa no País das Maravilhas e Jeb e Morfeu em Qualquer Outro Lugar - ou País do Espelho -, consegue arrastar seu pai com ela para o lugar onde as memórias esquecidas do País das Maravilhas vão. Por que? Bem, eu não contei nas resenhas, eu acho, mas o pai dela foi prisioneiro da Irmã Número Dois quando pequeno: seus sonhos eram usados para acalmar essas almas do País das Maravilhas. A mãe de Alyssa o resgatou, e ele não lembra quem é, de onde é ou qualquer coisa assim. Até Alyssa o levar para esse lugar, na esperança de que nas memórias do pai exista outra entrada para o País das Maravilhas, já que a toca do coelho e todas as outras entradas colapsaram. Ufa!

E é nessa que ela descobre que o pai dela vem de uma linhagem de "guerreiros", por assim se dizer, dedicados a protegerem um dos dois portões para Qualquer Outro Lugar do lado humano. Sim. O País das Maravilhas está realmente entranhado em Alyssa. Não apenas isso, como ela vê memórias que a Vermelha rejeitou, escolheu esquecer, e consegue peças importantes para a sua luta contra a mesma.

Nesse livro, a questão Jeb x Morfeu, Humana x Intraterrena, ganha um tanto mais de potência para Alyssa, especialmente depois que ela entra em Qualquer Outro Lugar e reencontra os dois, tentando pensar numa forma de fugirem e voltarem para o País das Maravilhas, precisando urgentemente ser resgatado. E finalmente isso é explicado, na segunda metade do livro. Por que isso? Não vou contar esse spoiler, só dizer que tem relação com a Vermelha.

Não dá pra contar muito da história sem estragar 75% da história, mas adianto que Howard teve muita inteligência na hora de costurar tudo junto, o fez de forma genial, por assim se dizer, especialmente na questão Jeb x Morfeu e o papel disso na sobrevivência de Alyssa.

Howard continua com sua narrativa incrível e que invoca a loucura intraterrana, dessa vez ainda mais intensa, considerando o quanto Alyssa se entregou a esse seu lado, e o País das Maravilhas e Qualquer Outro Lugar são muito vívidos. É fácil visualizar os acontecimentos e os personagens. Ponto também para como a autora transformou o triângulo em algo participativo sem ser forçado, uma parte real e necessária do plot e para que o final fosse como foi - sem ele, teria sido muito mais... Trágico.

Os personagens tiveram um desenvolvimento ainda melhor nesse livro. Vemos ainda mais como Morfeu não é lá tão ruim por causa de algo que não vou entregar, e Jeb, bem... Não vou estragar, mas "eita" atrás de "eita". Alyssa, então... Ela vai crescendo, e de uma boa forma.

Como já disse, não dá pra falar muito sem estragar. Mas é um bom livro, uma boa conclusão. Definitivamente um bom trabalho e uma das melhores... Adaptações? "Seguimento?" Não sei dizer, mas definitivamente uma das melhores obras que já vi se "aproveitar" de algo como o País das Maravilhas.

Classificação Final:

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